Mídias na Educação

Ao ler os artigos dos professores Waldemar Setzer e José Manuel Moran, fiquei indignada diante do radicalismo com que combate a televisão e o uso do computador, especialmente por crianças. No texto TV e violência: um casamento perfeito destaca a idéia de que a televisão não deveria ser utilizada nas nossas residências, porque permite a entrada da violência através dos meios de comunicação, mas temos que parar e analisar essa fala. Será que é só através do meio de comunicação que a violência entra nas residências? Sabemos que não, pois a violência está contextualizada no nosso dia-a-dia, infelizmente.
Temos que ser racionais e interagir com as mudanças, buscando, na evolução, um ponto de apoio pedagógico para propiciarmos aulas dinâmicas e mais atrativas. Vamos ser bem honestos: a escola está muito cansativa, sem atrativos, e temos que lançar mão das mídias, para sairmos desse marasmo, inovando, criando conceitos concretos de aprendizagem. Não concordo com a fala que o uso precoce da tecnologia como computador e TV pode deixar o pensamento abstrato, prejudicando os jovens forçando-os a usarem uma linguagem e um tipo de pensamento que é totalmente inadequado para crianças e jovens antes de terem uma maturidade intelectual adequada, mas se não for inserido no mundo dessas crianças e jovens, as novas tecnologias, como vamos descobrir se eles têm maturidade para estarem absorvendo as novas linguagens? E, cabe a nós, educadores, abrirmos o mundo de novidades nas escolas, sem ficarmos atrelados à falsa idéia de que se a tecnologia não evoluísse o mundo seria bem melhor. Claro que precisamos estar alertando sobre como estar usando esses recursos, pois tudo que é excessivo torna-se prejudicial.